Não existe nada de novo debaixo do sol [Eclesiastes 1:9].
Assim como não existe criatividade, originalidade, muito menos algo inédito.
O que existe é: combinatividade, modelagem, cópias, repaginação, releituras, coisas genéricas.
Para se tornar um gênio pare de tentar inventar a roda e comece a combinar coisas!
Na semana que escrevo essas linhas Luiza Helena Trajano gravou um vídeo que circula no WhatsApp com o pedido:
“Vá o mais rápido possível às nossas lojas, por favor”.
A Magazine Luiza anunciou uma grande “novidade” para todos os seus clientes: a volta das compras via carnê, com crédito pré-aprovado.
Em tempos de juros altos e endividamento crescendo é preciso pensar fora da caixa e inovar.
O mais intrigante é que o “novo” modelo é o principal meio de pagamento usado nas Casas Bahia, concorrente da Magalu no varejo brasileiro.
O que mostra que de fato “não há nada novo debaixo do sol”. Apenas modelagens e releituras…
E está tudo bem!
O cara que disse a frase que abri o texto e acabei de repetir, foi simplesmente o homem mais rico e inteligente da toda história da humanidade.
Mansa Musa? Não.
Bill Gates? Também não.
Elon Musk, errou de novo.
Estamos falando de um Rei. O rei Salomão.
Segundo a Bíblia ele foi o cara mais rico e sábio que já transitou entre o sapiens.
Tá bom Achiles. Entendi, mas, no que isso me ajuda?
Em tudo uai. Tudinho mesmo.
Vou te explicar…
QUER SER UMA POSSOA INCRÍVEL? MODELE, COPIE, REPAGINE
Os grandes “gênios” da história foram modeladores declarados.
Olha só o que disse Henry Ford:
Não inventei nada de novo. Simplesmente juntei em um carro as descobertas de outros homens, séculos de trabalho depois.
E você aí querendo ser o originalzão.
Não está convencido ainda?
Escute então o que falou o mago da criatividade Steve Jobs:
“Criatividade é apenas conectar coisas.”
É isso meu caro, minha cara — criatividade ou originalidade é roubo.
Ou, se preferir colocar em linguagem moderna e validada pelo politicamente correto:
Criatividade é modelar, se inspirar, imitar…
No livro Roube como um artista (livro esse que se você não leu sugiro que o faça urgentemente) o tema é tratado sem “muitos dedos”. O autor nos aconselha assim:
Nada é original, portanto, entregue-se à influência. Eduque-se através do trabalho dos outros. Siga seus interesses para onde quer que eles possam levá-lo.
A verdade é que nem você mesmo é algo novo ou original, mas a combinação genética de seu pai e mãe.
Seus pensamentos, desejos, atitudes e hábitos não são seus. São influência das pessoas que convive, livros que lê (ou falta deles) e lugares que frequenta.
Então pare logo de querer inventar a roda caramba!
COMO VOCÊ PODE UTILIZAR O ÓBVIO A SEU FAVOR
Encontre coisas que vale a pena ser modeladas.
Especialmente pessoas: hábitos, comportamento, estilo…
Ah, mas não corre o risco de eu ser um imitador?
No começo talvez, pois, a arte ainda não estará completa.
Mas sem crise, comece fingindo que é, até o momento que não precise mais fingir.
Você vai modelar hábitos, comportamentos, ideias, viagens, produtos ou qualquer outra coisa de muitas pessoas e não de uma só.
Quando você copia de uma pessoa é plágio, quando copia de muitas é pesquisa.
Sacoul?!
O Talmude nos diz que: “Não vemos as coisas como elas são e sim como nos parecem”.
VOCÊ É UMA MÉDIA. JÁ QUE ISSO NÃO MUDA MESMO, ESCOLHA SER A MELHOR MÉDIA
Somos o resultado dos livros que lemos, das viagens que fazemos e das pessoas que convivemos.
Trazendo para o metaverso (a vida nas redes sociais), somos também o resultado ou a média das fotos e vídeos que curtimos, daquilo que compartilhamos, do canal que seguimos e da timeline tendenciosa que o algoritmo nos entrega.
A Luiza Trajano tem um negócio de sucesso e está copiando estratégias que deram certo para voltar a alavancar seu negócio.
A história mostra que grandes nomes como Ford, Jobs, Gutenberg, Aristóteles, Arquimedes e outros modelaram.
Pare de querer inventar a roda e encontre o que você precisa modelar.
Até à próxima.
Achiles Rodrigues