sad-frustrated-student-prepares-for-exam-in-it-technology-holds-folded-paper-and-eats-sandwich-hands-under-chin-and-looks-unhappily-at-camera (1)

Os 4 Ps que te bloqueiam: aprenda atualizar seu software mental para ter sucesso na carreira e na vida

Um estudo publicado pelo jornal britânico “Sunday Times” revela que o medo de falar em público é maior do que o medo de enfrentar problemas financeiros, doenças e a morte.

Via de regra, às pessoas costumam acreditar que o medo ou vergonha de falar em público é por causa de algum despreparo técnico ou mesmo falta de um dom ou iluminação.

Mas, a grande verdade por trás dessas travas sociais está o fato de que as pessoas sentem medo de serem avaliadas.

É o famoso bloqueio:

O que as pessoas vão pensar de mim?!

Em outra categoria, porém, na mesma linha de bloqueio, encontramos discursos do tipo: “não sou um puxa saco, por isso não fico de conversinha com o chefe, muito menos trato ele melhor que os outros.

Ou, crenças como: “pode quem manda obedece quem tem juízo”. “Dinheiro é a raiz de todos os males”. “Mulher é inferior aos homens”….

Todas essas crenças, travas e medos, são parte de um “software mental”: modelos de crenças e comportamento sociais que foram instalados em cada um de nós visando nossa proteção.

Mas, que, no mundo moderno, regido por uma economia totalmente nova e em constante mudança, vem contribuindo para que tenhamos uma vida pequena, empobrecida e sem grandes acessos.

Quer saber como isso se deu na prática e como fazer para reinstalar um novo software mental para viver uma vida de maior prosperidade, alegria e acessos?

Continue comigo até o final.

DE ONDE VEM NOSSAS TRAVAS E MEDOS

Existem 4 Ps que foram responsáveis pelo nosso sistema de crenças ou modelo mental:

Pais, Professores, Padres/Pastores e Patrões.

90% daquilo que aprendemos se dá na primeira e segunda infância.

Fases de constituição total do nosso modelo mental, que acontece em casa, na escola, na igreja e no mercado de trabalho (um pouco mais tarde, claro).

Desde criança, visando nos proteger, ensinar e escolarizar, nossos tutores (4 Ps), seguindo regras que eles aprenderam, nos colocam travas sociais que, quando adultos, prejudicam nossos comportamentos e relacionamentos.

Permita-me exemplificar…

Toda vez que fazíamos birra em alguma loja querendo algo, papai e mamãe diziam:

— Pare com isso, olha só às pessoas olhando o papelão que você está fazendo.

Você pensava em sair com uma roupa mais curta e:

— O que os vizinhos vão pensar e falar de você?!

Quando você pensava em falar com alguém eles diziam:

— Nunca fale com estranhos.

Qual a implicação de tudo isso que somos ensinados por papai e mamãe?

Aprendemos que a opinião das pessoas é ultra importante e que todas as nossas ações devem ser balizadas por isso. E, se não os conhecemos, nem confiamos nesses estranhos, devemos evitá-los ao máximo.

E aí que mora o perigo, pois, com esse modelo mental, vivemos escravos do julgamento alheio. Falaremos da implicação disto adiante.

Os outros 3 Ps também contribuem demais para nossos bloqueios…

Na escola fomos instruídos para que, ao invés de questionarmos demais, devemos seguir o que estava na cartilha. Na igreja, os dogmas nos apresentaram um deus super vingativo e mimado. E, no trabalho; aprendemos a seguir às regras sem se opor a nenhuma delas.

Ou seja, fomos formados, ou melhor; formatados. Colocados em formas prontas e totalmente desconectadas com o novo mundo — com a nova economia.

COMO ESSES ADULTOS SOFREM NA NOVA ECONOMIA

Adultecemos. Claro, isso teria que acontecer.

Agora devemos ir para o mundo e trabalhar para pagar nossos próprios boletos. Se relacionar com pessoas conhecidas e desconhecidas. Apresentar ao mundo nosso repertório e desenvolver nossa espiritualidade.

Aparelhados com esse sistema de crenças, ou software mental, formatado pela galera dos 4 Ps, chegamos totalmente desatualizados nesse novo mundo que exige atitudes e comportamentos que fomos ensinados a evitar.

O que acontece na prática?

Nessa era que chamamos de 4.0, o mundo é totalmente digital, comunicativo e relacional.

As tão badaladas soft skills como: comunicação, networking, pensamento crítico, trabalho em equipe, criatividade e inovação, são o que garantem o sucesso na carreira, nas finanças, nos relacionamentos, na espiritualidade e até no amor.

Porém, graças às peças de software instaladas, temos o tal medo de falar em público. Trabalhar em equipe é desesperador, pois são pessoas estranhas. Fazer networking? Como? Não fomos encorajados. Criatividade e inovação? Meu Deus, nos disseram para aceitar o que estava na cartilha…

Por isso (talvez) que o mercado vem reclamando desse tal “apagão de talentos”. Da geração mimimi. Da falta de verdadeiros líderes. Da ausência de autonomia, empoderamento, senso de dono e todas essas coisas corporativas que se vê por aí.

É, pode ser. Deve ser, talvez seja. Penso que é.

Seja como for, para que você que está aqui lendo esse artigo não entre para a referida estatística, só há uma saída: atualizar seu modelo/software mental.

VOCÊ FOI PROGRAMADO COM SOFTWARES MENTAIS

Já que estamos na era digital, vou pegar emprestado a linguagem da informática para te explicar exatamente o que fazer.

Quando você e eu nascemos éramos como aquele celular que você comprou novinho e só abriu a caixa dele em casa. Ele veio com alguma coisa instalada (um sistema operacional), mas, a maioria dos aplicativos que faz dele um celular de verdade ainda deve ser instalados.

Por que comparar humanos com um celular?

John Locke, filósofo inglês e pai do liberalismo, disse que nascemos “como se fossemos uma folha em branco”. “Uma tábula rasa”. O que mais tarde Jung confirmaria, mas, com um pequeno ajuste. Ele diria que “nós já iniciamos nossas vidas com experiências que não são nossas”.

Nesse sentido, assim como o celular, nascemos com alguma coisa instalada.

Que são os genes: um segmento de uma molécula de DNA (ácido desoxirribonucleico) responsável pelas características herdadas geneticamente.

Ou seja, chegamos aqui com alguma coisa, mas, para ser gente de verdade precisamos de “aplicativos”.

No nosso celular, escolhemos na loja de aplicativos o que achamos ser os melhores: sistema operacional, WhatsApp; Instagram, LinkedIn, Facebook, editores de foto e vídeos, navegadores etc.

Já pra gente, seres humaninhos, não temos acesso a loja de aplicativos, muito menos a escolha. Alguém é que escolhe os aplicativos e o sistema operacional.

Lembra da teoria dos 4 Ps, não é?

Pois bem.

Não temos escolha. Não há remédio. Vamos adultecer com tudo que quiseram implantar na gente. Todo sistema de crenças e modelos mentais.

A boa notícia é que, ao se dar conta disso, assim como no celular, você pode atualizar os apps, instalar outros novinhos e até desinstalar os que não fazem sentido pra você.

COMO ATUALIZAR NOSSO SOFTWARE MENTAL

Antes de mais nada, preciso dizer que esse papo de programação mental quântica e outros produtos do neoxamanismo e dessas fábulas transcientíficas que se apresentam aí pelas esquinas da internet é um verdadeiro bullshit.

É possível sim fazer atualizações de suas crenças e modelos mentais.

Possível e necessário eu diria. Mas, não se trata de mágica.

É trabalho duro de autoconhecimento, domínio de suas emoções e escolhas de vida.

O primeiro e mais importante passo é reconhecimento e insatisfação com seus resultados.

Vamos entender resultados okay?”

Obesidade é resultado e um corpo sarado também. Riqueza é resultado e pobreza também. Doença é resultado e saúde de igual modo… Bom, acho que você já entendeu.

Se seus resultados não te agradam, você deve refletir se seu sistema de crenças, já tratados até aqui, não o estão prejudicando.

Se a resposta for sim, você deu o primeiro passo: o reconhecimento da oportunidade (gosto de chamar problema de oportunidade).

O segundo passo é começar a trabalhar as atualizações do Apps mentais.

SOZINHO SERÁ MAIS LENTO, ACOMPANHADO VOCÊ CHEGARÁ MAIS RÁPIDO E MAIS LONGE

Como somos a média das pessoas que convivemos, dos livros que lemos e lugares que visitamos, você pode iniciar uma jornada de atualização sozinho.

É bem possível, visto que na era da internet todo conteúdo necessário está à disposição.

Para começar bem; escolha novas referências para seguir e ouvir.

Mude de ambiente — os lugares que frequenta, fontes que bebe e comece a ler bons livros (provados pelo tempo), assistir vídeos inteligentes e a consumir podcasts.

Essas novas práticas vão iniciar uma grande atualização no seu modelo de crenças e comportamentos.

Contudo, se você puder, frequente um consultório psicológico e faça terapia. Encontre um mentor ou mentores. Contrate um coach —, um técnico para apoiar você.

Essas escolhas vão te munir de ferramentas, curadoria, conselhos e experiências que vão encurtar os caminhos, acelerar a atualização, desinstalação e instalação de novos softwares.

Você sozinho pode e certamente vai chegar lá. Acompanhando você pode evitar erros, chegar mais rápido e possivelmente mais longe.

UM ÚLTIMO CONSELHO MAIS PRAGMÁTICO

Falei no começo do texto que os medos que as pessoas acham que sentem não eram exatamente como elas pensam, mas, bloqueios muitas vezes subconscientes.

Se chegou até aqui já percebeu que o problema é outro. E que necessariamente não é culpa sua.

Agora, se não fizer nada para mudar isso e continuar vivendo uma vida medíocre e perdendo oportunidade, a culpa será totalmente sua.

Portanto, sugiro que comece cinco pequenas mudanças agora mesmo:

  1. Pegue um livro o comece ler: duas páginas hoje e repita amanhã, e depois…
  2. Se exponha mais: se coloque fora da zona de conforto falando em público e falando com desconhecidos. No começo vai ser meio bosta, mas, continue até a mão não suar mais frio;
  3. Adote três mentores online: escolha três pessoas de sucesso, passe três meses ouvindo-as e modelando seus comportamentos;
  4. Ouça podcasts: enquanto toma banho, se desloca no trânsito, faz exercícios ou lava louças. Vá lá no spotify. É de graça e sem propagandas;
  5. Comece uma atividade física: faça isso visando estética, para ficar mais bonito e atraente. Isso vai mudar sua autoestima e autoconfiança. De quebra vai ficar mais saudável.

Toda mudança começa pelo desejo de ser alguém melhor. Seja sua melhor versão.

Até a próxima!

Achiles Rodrigues